Abandono infantil em Parauapebas expõe drama familiar e levanta debate sobre responsabilidade parental

Na manhã de quinta-feira, 30 de maio de 2025, uma mulher foi presa em Parauapebas, no sudeste do Pará, após deixar quatro crianças pequenas, incluindo um bebê de menos de dois anos, sozinhas em casa, em condições precárias. O caso ocorreu em um bairro periférico da cidade. Vizinhos ouviram choros e acionaram as autoridades. Ao chegarem no local, policiais constataram que as crianças estavam sem alimentação, expostas a riscos e completamente abandonadas. A mulher foi presa em flagrante e autuada por abandono de incapaz. As crianças foram acolhidas pelo Conselho Tutelar.

Este caso é mais um retrato da falência de um modelo assistencialista que, ao longo dos anos, alimentou a desestruturação familiar ao substituir a responsabilidade individual por uma ilusão de proteção estatal. Quando o Estado se coloca como tutor universal da infância, mas falha em garantir valores como disciplina, responsabilidade e família estruturada, episódios como esse se tornam mais frequentes. Uma sociedade que permite que crianças vivam em tal situação de negligência é uma sociedade que perdeu o rumo moral.

A impunidade e a relativização de valores básicos, como o cuidado materno e a responsabilidade familiar, são resultado de décadas de um discurso progressista que normaliza a ausência da figura dos pais como provedores não só financeiros, mas morais. Em vez de fortalecer a família e punir severamente a negligência, o Estado prefere maquiar o problema com políticas paliativas.

Não basta prender. É preciso educar — e, mais que isso, cobrar. Cobrar dos pais. Cobrar das instituições. E, principalmente, cobrar de um modelo de governo que valorize o mérito, o esforço e a ordem como base para o desenvolvimento humano. As crianças do Brasil não precisam de discursos vazios. Precisam de exemplos, estrutura e proteção verdadeira.

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